Após 165 anos de peregrinação pelo mundo, o diamante Estrela do Sul, o maior e mais famoso diamante do Brasil de todos os tempos, encontra-se no momento em local incerto e não sabido. Destino ignorado. Como se sabe, os diamantes são eternos.
O percurso do diamante começou em 1853, em uma mina na cidade de Bagagem, em Minas Gerais. Reza a lenda que foi descoberto sobre um monte de cascalho por uma escrava de nome Rosa que, como recompensa, obteve a liberdade e uma pensão vitalícia. De rara beleza e pesando 261,24 quilates, foi vendido pelo senhor Casimiro Morais, dono da mina, por apenas 3 mil libras em valores da época.
Vendas e revendas conduziram a pedra à Amsterdã, onde foi adquirida por US$35 mil. Foi então que o diamante foi lapidado e reduzido a 128,48 quilates. O grau de pureza da pedra é um dos mais altos em termos da classificação internacional e seu ligeiro matiz rosa esverdeado chamou a atenção da Halphen & Associates, de Paris, que o adquiriu e batizou como Star of the South.
Após ter sido exibido nas exposições mundiais de Londres, em 1862, e de Paris, em 1867, foi vendido na Índia por US$400 mil para o príncipe Mulhar Rao Gaekwad, marajá de Baroda, que o montou junto com outro diamante famoso, o English Dresden Diamond, num colar que reunia as joias da sua família.
Após décadas em posse dos opulentos marajás indianos, a família principesca, em crise, vendeu o diamante em 1999 para a firma Rustomjee Jamsetjee, de Mumbai, que em seguida o vendeu para a Maison Cartier, de Paris, em 2002.
Em 2004, ano em que foi considerado o 6º maior diamante do mundo, a Cartier anunciou a realização de um grande leilão, em que o Estrela do Sul seria a principal atração. Se foi ou não arrematado, nem a imprensa francesa nem a Cartier deram qualquer notícia. Desde então, ninguém sabe onde a pedra se encontra. Pode ser até que esteja em posse de um xeique do petróleo, milionário russo ou chinês.
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